domingo, 29 de novembro de 2009

Homofobia e Nazismo são debatidos na UFV


Homofobia e Nazismo, aparentemente, representam realidades distantes e distintas, mas foi exatamente esta a discussão travada na palestra “Homofobia e Nazismo: Caminhos para um debate, realizada na última quinta-feira, 26.

O debate contou com a participação da professora Doutora Ana Maria Dietrich, que é editora chefe da Revista Contemporâneos, e pós-doutoranda em Traumas de Guerra pela Unicamp , por professores do Colégio de Aplicação da UFV – Coluni, e representante do Grupo de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes.

Colocados como formas de preconceito, tanto o nazismo quanto a Homofobia são partes da contemporaneidade.

O nazismo, que quase sempre remetido ao período da 2ª Guerra Mundial, de acordo com a professora Ana Maria Dietrich,não parou por lá. Basta olhar com mais atenção os noticiários para perceber a existência de muitas organizações neonazistas, formadas, principalmente, por jovens.

A homofobia, por sua vez, é considerada um dos debates mais efervescentes da atualidade, mas é um preconceito datado de bastante tempo atrás.

Durante o debate ainda foi colocada, especificamente, a homofobia durante o governo nazista. Os homossexuais, assim como os judeus, eram alvos do exército Hitlerista. Eles faziam parte da “Lista Rosa” e tinham como destino, os Campos de Concentração. A ideologia nazi sustentava que a homossexualidade era incompatível com o regime, já que não permitia a reprodução, necessária para perpetuar a raça superior.

Estima-se que mais de 100 mil homossexuais tenham sido vítimas do regime nazista durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945).

O debate foi finalizado com a exibição do Filme filme Bent (Sean, Mathias, 1997). O filme retrata a Alemanha nazista, no período que antecedeu a guerra. Max (Clive Owen), um gay, é enviado para o campo de concentração de Dachau. Ele tenta esconder sua homossexualidade usando uma estrela amarela, que era a forma de identificar judeus, em vez do triângulo rosa usado para "marcar" os homossexuais. No campo se apaixona por Horst (Lothaire Blutheau), um prisioneiro homossexual que usa com orgulho seu triângulo rosa.

Assista aqui o trailer do filme


sábado, 21 de novembro de 2009


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Pesquisa de História da UFV é destaque no país

Imagem extraída do site www.ufv.br




A pesquisa em Ciências Humanas vem se consolidando a cada ano nas universidades do país. Em Viçosa, o espaço aberto para nós, das Artes e Humanidades, cresce bastante e começa a ter repercussão nacional, como aconteceu com a estudante do curso de História, Bárbara Figueiredo Souto. No dia 19 de outubro, a graduanda recebeu em Brasília um prêmio no 7º Prêmio Destaque do Ano de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT). A pesquisa sobre feminismo/gênero intitulada "O movimento feminista e as representações sobre as mulheres na imprensa de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (1870-1925) teve orientação do Professor Jonas Marçal de Queiroz, que já teve uma pesquisa divulgada aqui no SobreHumanas.

Bárbara Souto explica como foi feita a pesquisa, que foi construída durante um ano de Iniciação Científica, financiada pelo CNPq.




O objetivo do trabalho era analisar como o público feminino era representado nos veículos da imprensa no fim do século XIX e princípio do século XX. Para tanto, foram analisados jornais e revistas, escritos tanto por homens quanto por mulheres, com a finalidade de comparar a forma em que era exposta a mulher pelos diferentes gêneros. A pesquisa usou como fonte de dados os jornais mineiros O Colombo (da cidade de Campanha), A Brasília de Minas (de Ouro Preto) e o periódico O Sexo Feminino (também de Campanha). Este último tinha uma particularidade interessante: além de ser escrito por uma mulher, fato atípico na época, o jornal mudou de nome em 1889 com a Proclamação da república. O periódico passou a se chamar 15 de Novembro O Sexo feminino, uma vez que a autora era republicana e acreditava que era a hora da emancipação feminina, de uma mudança das mulheres. Em São Paulo, foi analisado o periódico A Província de São Paulo (de São Paulo) e as revistas ilustradas humorísticas Careta e FomFom.

Em entrevista para o SobreHumanas, Bárbara Souto comentou que a mulher do século XIX e começo do século XX era vista como “rainha do lar”, responsável pela educação dos filhos e com habilidade para bordar, cozinhar e cuidar da casa. No entanto, a estudante acrescentou que mesmo com essa visão acerca das mulheres, já existiam por parte de algumas feministas a reinvidicação pelo voto e pelo direito igualitário à educação.

A estudante, que se candidatou para o prêmio pela sugestão de uma professora que já havia a orientado em outra pesquisa, não esperava chegar tão longe. Após uma triagem na categoria de Ciências Humanas na UFV, o trabalho concorreu com outros 37 escolhidos nas universidades do país e conquistou o segundo lugar. Um reconhecimento excelente para o curso de História, o centro de Ciências Humanas da UFV, como conta Bárbara:





Diante disso, queridos estudantes da área de humanas, não percam as esperanças... e mais: não deixem de pesquisar! O reconhecimento vem a longo prazo, mas não deixa de mudar para melhor o currículo do estudante e o cenário da pesquisa de humanas no Brasil e no mundo! Além disso, quanto maior o conhecimento, maior o enriquecimento pessoal, maior a satisfação de estudar e tentar compreender as complicadas relações dos Seres Humanos!

Pesquisem sempre mais!

domingo, 8 de novembro de 2009

Os 30 anos do LDH


Esta semana o Laboratório de Desenvolvimento Humano – LDH – da UFV comemorou 30 anos de existência. No dia 03 de novembro, diversos membros da comunidade se reuniram... (“Hã?” “O quê?” Você não sabe o que é o LDH?!”)

Está bem, está bem. Vamos do início.

O Laboratório de Desenvolvimento Humano (LDH) é uma das unidades que compõem o Departamento de Economia Doméstica da UFV. Foi implantado em 1979 e idealizado pela Prof.ª Myriam de Oliveira Fernandes, economista doméstica, com mestrado em Relações Familiares e Desenvolvimento da Criança, cursado na Universidade de Purdue, nos Estados Unidos. A sua criação visou propiciar estágios aos estudantes que cursavam as disciplinas Relações Familiares e Desenvolvimento da Criança, iniciando, assim, a composição da área de Família e Desenvolvimento Humano do curso de Economia Doméstica da UFV.


Hoje, o LDH possui atividades relacionadas a Ensino, Pesquisa e Extensão, que são também os objetivos da Universidade.

As atividades de ensino referem-se ao trabalho educativo desenvolvido com crianças e estudantes e ao oferecimento de estágios aos estudantes de Economia Doméstica que cursam o Bacharelado e as Licenciaturas Plenas em Economia Doméstica e Educação Infantil e aos estudantes do curso de Educação Física.



Na extensão, a equipe do LDH socializa os conhecimentos, realizando cursos, assessorias e consultorias junto às instituições públicas e privadas, promovendo treinamentos e cursos para professores e outros profissionais que atuam nesta área.

E na pesquisa (que é o intuito deste blog) a unidade busca valorizar a produção de conhecimentos na área de Família e Desenvolvimento da Criança. De forma que os resultados obtidos são diretamente aplicados na educação pelo próprio laboratório, e também por outras instituições de educação infantil.

São diversas pesquisas, (também, são trinta anos de existência, não é mesmo!) e não caberia explicá-las apenas em um post. Portanto, aí vão algumas delas:

  • A Importância das Atividades Lúdicas na Constução do conhecimento Físico": Intervenção em uma Creche do Município de Viçosa - Um Enfoque Piagetiano.
  • Levantamento da situação das creches/pré-escolas públicas e/ou filantrópicas quanto ao uso da atividade lúdica para o desenvolvimento da criança.
  • Família e instituição de educação infantil - uma relação de conflitos, contradições e ambigüidade.
  • O Programa de alimentação na instituição de educação infantil: uma integração entre o cuidar e o educar.
  • O Programa de envolvimento da família - empréstimo de livros no Laboratório de Desenvolvimento Humano: relação entre o cuidar e educar.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Liang Gong - em prol de uma vida mais saudável

           Você, provavelmente, após horas em frente ao computador, já sentiu um incomôdo muscular ou nas articulações, sendo maisc clara, aquela dor no pulso ou a fisgada na coluna. Bem, imagine o que os exercícios repetitivos podem acarretar às pessoas que trabalham oito horas por dia numa mesma posição, frequentemente sentados, utilizando o computador ou executando alguma máquina?



           O Curso de Dança do Departamento de Artes e Humanidades da Universidade Federal de Viçosa atentou para essa questão e desenvolve desde 2007 um projeto com cerca de 150 funcionários de onze setores administrativos e acadêmicos da universidade. O objetivo é justamente previnir e auxiliar no tratamento de dores crônicas e difunções físicas e emocionais no ambiente de trabalho, além de  promover uma maior consciência corporal e postural e mais qualidade de vida aos servidores.  A Ginástica Teraupêtica foi o instrumento utilizado pelos profissionas da pesquisa para alcançar tais metas.

        Ginástica Terâupetica é  um conjunto de atividades físicas, de alongamento e fortalecimento muscular que tem como característica comum, melhorar a condição física, psicológica e ambiental do indivíduo em seu trabalho. Os exercícios são de fácil execução e são realizados no próprio local de trabalho. Os exercícios ensinados aos funcionários fazem parte da ginástica Lian Gong -  desenvolvido na China, em 1974, pelo médico ortopedista Dr. Zhuang Yuen Ming, e tem como "base as milenares artes corporais chinesas e incorpora também os modernos conhecimentos da medicina ocidental".

         Participaram do estudo aproximadamente 100 adultos de ambos os sexos, de 30 a 60 anos. Os participante praticavam Lian Gong duas vezes por semana, com duração de 15 a 20 minutos. Para auxiliar na coleta de dados foi aplicado  um questionário envolvendo aspectos posturais e físicos e emocionais relacionados às atividades.

          Quanto aos resultados, primeiramente, constatou-se que 90% dos funcionários permanecem sentados por longos períodos, com pouca ou nenhuma movimentação postural. Em relação à consciência postural, 62% afirmaram perceber sua postura errônea, e 82% apontaram o pescoço como a região na qual sentem mais dor e tensão e ainda, 72% asseguram deixá-lo inclinado para frente ou para os lados.Tal fato pode acarretar o aparecimento e a intensificação de lesões osteomusculares na região.

        Já quando questionados acerca dos assentos das cadeiras disponibilizadas no local de trabalho, 19% consideraram que o assento da cadeira não é ajustável, 52% dos afirmaram que o encosto não oferece um bom apoio as partes baixas das costas e cerca de 54% responderam que possuem um bom apoio.Com relação à freqüência com que os funcionários utilizam o encosto da cadeira, verificou-se que 36% não o utilizam freqüentemente.

        Ainda de acordo com os questionários 68,5% dos servidores empregam forças excessivas, principalmente nas mãos dedos e ombros, enquanto que 32% afirmam não fazê-la. Essa força exercida além do necessário pode ocasionar comprometimento de tendões e ligamentos. Foi analisado também se os funcionários saíam do trabalho e iam para suas casas pensando em questões referentes ao serviço, 30% disseram que não pensam nisso, já 53% afirmam levar para a casa estas preocupações do trabalho e se sentem estressados e fatigados.

          Em relação ao trabalho desenvolvido com os funcionários, a Ginásticas Terapêuticas Chinesas em especial o Lian Gong em 18 terapias, 96.1% afirmaram que o Lian Gong trás sensações agradáveis e 69.2% dos funcionários disseram se sentirem mais motivados a realizar o trabalho. 92.3% dos funcionários responderam que houve diminuição das dores musculares na região da coluna , pescoço, tensão no trapézio. De acordo com os responsáveis pela pesquisa esses resultados positivos foram possíveis devido a assiduidade dos funcionários na ginástica e pela respeito as pausa nas jornadas de trabalho.

           Vale lembrar que uma postura correta dever ser uma preocupação recorrente a todos , desde aqueles que passam horas trabalhando numa mesma posição até aquela relaxada no sofá após o almoço.