sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Pesquisa de História da UFV é destaque no país

Imagem extraída do site www.ufv.br




A pesquisa em Ciências Humanas vem se consolidando a cada ano nas universidades do país. Em Viçosa, o espaço aberto para nós, das Artes e Humanidades, cresce bastante e começa a ter repercussão nacional, como aconteceu com a estudante do curso de História, Bárbara Figueiredo Souto. No dia 19 de outubro, a graduanda recebeu em Brasília um prêmio no 7º Prêmio Destaque do Ano de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT). A pesquisa sobre feminismo/gênero intitulada "O movimento feminista e as representações sobre as mulheres na imprensa de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (1870-1925) teve orientação do Professor Jonas Marçal de Queiroz, que já teve uma pesquisa divulgada aqui no SobreHumanas.

Bárbara Souto explica como foi feita a pesquisa, que foi construída durante um ano de Iniciação Científica, financiada pelo CNPq.




O objetivo do trabalho era analisar como o público feminino era representado nos veículos da imprensa no fim do século XIX e princípio do século XX. Para tanto, foram analisados jornais e revistas, escritos tanto por homens quanto por mulheres, com a finalidade de comparar a forma em que era exposta a mulher pelos diferentes gêneros. A pesquisa usou como fonte de dados os jornais mineiros O Colombo (da cidade de Campanha), A Brasília de Minas (de Ouro Preto) e o periódico O Sexo Feminino (também de Campanha). Este último tinha uma particularidade interessante: além de ser escrito por uma mulher, fato atípico na época, o jornal mudou de nome em 1889 com a Proclamação da república. O periódico passou a se chamar 15 de Novembro O Sexo feminino, uma vez que a autora era republicana e acreditava que era a hora da emancipação feminina, de uma mudança das mulheres. Em São Paulo, foi analisado o periódico A Província de São Paulo (de São Paulo) e as revistas ilustradas humorísticas Careta e FomFom.

Em entrevista para o SobreHumanas, Bárbara Souto comentou que a mulher do século XIX e começo do século XX era vista como “rainha do lar”, responsável pela educação dos filhos e com habilidade para bordar, cozinhar e cuidar da casa. No entanto, a estudante acrescentou que mesmo com essa visão acerca das mulheres, já existiam por parte de algumas feministas a reinvidicação pelo voto e pelo direito igualitário à educação.

A estudante, que se candidatou para o prêmio pela sugestão de uma professora que já havia a orientado em outra pesquisa, não esperava chegar tão longe. Após uma triagem na categoria de Ciências Humanas na UFV, o trabalho concorreu com outros 37 escolhidos nas universidades do país e conquistou o segundo lugar. Um reconhecimento excelente para o curso de História, o centro de Ciências Humanas da UFV, como conta Bárbara:





Diante disso, queridos estudantes da área de humanas, não percam as esperanças... e mais: não deixem de pesquisar! O reconhecimento vem a longo prazo, mas não deixa de mudar para melhor o currículo do estudante e o cenário da pesquisa de humanas no Brasil e no mundo! Além disso, quanto maior o conhecimento, maior o enriquecimento pessoal, maior a satisfação de estudar e tentar compreender as complicadas relações dos Seres Humanos!

Pesquisem sempre mais!

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