sábado, 26 de setembro de 2009

Os discursos e as representações sociais


Falar de pessoas comuns, analisar o “povo”, discutir as representações sociais. Foi este o tema da mesa redonda realizada nesta-feira, no III EMAD.

A primeira palestrante, Prof. Dra. Dylia Lyzardo-Dias, da UFSJ, propôs uma reflexão sobre as representações na sua relação com a construção e gerenciamento do ethos. Para tanto, foi analisada a coluna Obituário, do Jornal Folha de São Paulo. Segundo a professora, há uma tendência atual no jornalismo e na literatura para “dar voz ao povo”.

Seguiu-se a apresentação da Prof. Dra Maria Carmen Aires Gomes, da UFV, que teve como pesquisa “Das relações ideológicas e éticas uma análise discursiva crítica do gênero Edital (arquivo em .pdf) da Guarda Municipal – RJ”. Segundo a pesquisadora, os editais possuem uma forma de ação e interação específicas, mas não deixam de ser normas com construções textuais que utilizam verbos no infinitivo e que buscam formar o indivíduo sem comprometer a instituição. No caso do edital da Guarda Militar – RJ existe uma exclusão de certa parte da população, quando este considera obesos, magérrimos, que possuam cicatrizes ou que tenham uma arcada dentária com menos de 20 dentes inaptos à participarem do edital.

Por fim, a Prof. Dra. Sônia Pimenta, da UFMG, sob o título “A construção semiótica da masculinidade na modernidade”, cujo objetivo é revelar os discursos sobre masculinidade e as mudanças que estão ocorrendo na construção identitária do homem. O corpus de análise foi composto por uma capa da Revista Veja e partes do artigo referente ao assunto anunciado na capa intitulado “O Novo Homem”. Com citações de autores como Butler e Giddens, a pesquisadora analisou os textos enfocando a Multimodalidade e a Linguística Sistêmico-Funcional. Concluiu dizendo que vem surgindo um novo homem, com mudanças físicas e psicológicas.

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